Foto: Francisco Gelielçon / Estrutural On-line |
Apesar da queda nacional nas mortes violentas, as regiões Nordeste e Norte do país continuam liderando os índices de violência em 2024. É o que revela o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado nesta quinta-feira (24), que mostra que Amapá e Bahia encabeçam a lista dos estados com as maiores taxas de Mortes Violentas Intencionais (MVI).
Segundo o levantamento, o Brasil registrou em 2024 a menor taxa de MVI desde 2012, com 20,8 casos por 100 mil habitantes — uma redução de 5,4% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram contabilizadas 44.127 mortes, incluindo homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de ações policiais.
Desigualdade regional persiste
Mesmo diante da melhora nos números nacionais, os dados reforçam disparidades regionais. A taxa média de mortes violentas no Nordeste foi de 33,8 por 100 mil habitantes, enquanto no Norte chegou a 27,7 — números bem acima da média nacional. Em contrapartida, o Sudeste e o Sul apresentaram os menores índices, com 13,3 e 14,6, respectivamente.
Amapá lidera o ranking nacional com 45,1 mortes violentas por 100 mil habitantes, seguido pela Bahia, que registrou 40,6. Ceará, Pernambuco e Alagoas também figuram entre os cinco estados mais violentos do país.
Ranking dos 10 estados com maiores taxas de MVI em 2024:
- Amapá – 45,1
- Bahia – 40,6
- Ceará – 37,5
- Pernambuco – 36,2
- Alagoas – 35,4
- Maranhão – 27,8
- Mato Grosso – 27,0
- Pará – 25,8
- Amazonas – 23,7
- Rondônia – 21,7
Os dados indicam que, embora o país tenha avançado na redução das mortes violentas, os desafios permanecem concentrados em estados com menos estrutura para segurança pública e com altos índices de desigualdade social. O estudo alerta para a necessidade de políticas públicas específicas para essas regiões, a fim de garantir avanços mais equitativos em todo o território nacional.
Da redação Estrutural On-line
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