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Um ataque violento a uma igreja católica no nordeste da República Democrática do Congo deixou ao menos 43 mortos neste domingo (27), entre eles nove crianças. A ação foi atribuída às Forças Democráticas Aliadas (ADF), grupo extremista com vínculos com o Estado Islâmico.
O massacre ocorreu na cidade de Komanda, na província de Ituri, durante um momento de oração. De acordo com informações da Missão das Nações Unidas no Congo (Monusco), as vítimas foram majoritariamente mortas com armas brancas dentro do templo religioso. Além das execuções, os agressores também incendiaram casas e comércios, agravando ainda mais a já crítica situação humanitária da região.
"Esses ataques contra civis indefesos, especialmente em locais de culto, são profundamente revoltantes e violam todas as normas dos direitos humanos e do direito humanitário internacional", declarou a vice-chefe da Monusco em nota oficial.
O ataque interrompeu um período de relativa estabilidade na província de Ituri, onde a violência é recorrente. Em fevereiro, 23 pessoas foram assassinadas pelas ADF no território vizinho de Mambasa.
O Exército congolês classificou o episódio como um "massacre em larga escala" e acusou os insurgentes de agir por vingança contra comunidades civis, com o objetivo de espalhar o terror. A região leste do Congo continua entre as mais instáveis do mundo, palco de ações de quase 130 grupos armados, muitos motivados pela disputa por riquezas minerais como ouro, coltan e cobalto.
Originárias de Uganda, as ADF atuam no leste congolês há décadas e já foram responsabilizadas pela morte de milhares de pessoas. Em 2019, o grupo declarou fidelidade ao Estado Islâmico e, desde então, tem intensificado suas ações violentas, geralmente utilizando machados e facões em seus ataques.
A escalada da violência reacende o alerta internacional para a necessidade de respostas mais eficazes diante da crise humanitária e da insegurança crônica que afetam a população congolesa.
Da redação Estrutural On-line
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