Ação mobiliza milhares de agentes e viaturas em toda a Grande São Paulo e litoral; investigações apuram possível motivação por desafios nas redes sociais
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Reprodução/Diário do Transporte |
Diante da onda de ataques a ônibus no estado de São Paulo, a Polícia Militar anunciou nesta quinta-feira (3/7) uma grande operação para reforçar a segurança em garagens, terminais e principais corredores de transporte público. A medida surge após o registro de 223 veículos depredados, segundo levantamento da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
De acordo com o delegado Fernando Santiago, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), apenas na capital paulista já foram contabilizados cerca de 180 casos, com 60% das ocorrências concentradas na zona sul.
Batizada de "Operação Impacto – Proteção a Coletivos", a iniciativa contará com o apoio de quase 8 mil policiais militares e mais de 3 mil viaturas distribuídos em pontos considerados estratégicos. Também integram a força-tarefa unidades especializadas, como a Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam). A operação está prevista para durar até 31 de julho.
Durante a coletiva de imprensa, o coronel Lucena, coordenador operacional da PM, explicou que o foco da ação está em “áreas críticas com maior incidência de depredação”, além de regiões onde há risco potencial de novas ações criminosas. O trabalho inclui patrulhamentos ostensivos, rondas noturnas e saturação de presença policial.
Ataques também no litoral
A crise não se limita à capital e à Grande São Paulo. Na Baixada Santista, pelo menos 31 ônibus foram alvo de vandalismo entre a noite de sábado (29/6) e a manhã de domingo, afetando as cidades de Santos (16 veículos), São Vicente (11) e Cubatão (4).
A empresa Piracicabana, responsável por parte da frota atacada, registrou boletim de ocorrência e informou que os agressores seriam em sua maioria adolescentes, que utilizaram pedras e estilingues para quebrar vidros dos veículos.
O delegado Rubens Barazal, da Delegacia Seccional de Santos, afirmou que as autoridades ainda apuram a motivação por trás dos ataques, mas não descartam a hipótese de envolvimento com desafios divulgados por redes sociais. “As investigações estão em andamento e só com o avanço delas poderemos confirmar ou descartar essa linha”, ressaltou.
As autoridades pedem a colaboração da população com denúncias anônimas para ajudar na identificação dos envolvidos e contenção dos ataques.
Da redação Estrutural On-line
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