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Rodoviária do Plano Piloto passa a ser gerida integralmente pela iniciativa privada

Foto: Francisco Gelielçon / Estrutural On-line

A Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília, começou neste domingo (1º/6) uma nova fase, agora sob administração exclusiva da iniciativa privada. O Consórcio Catedral assumirá a gestão completa do terminal por um período de 20 anos, como parte de um contrato firmado com o Governo do Distrito Federal (GDF) no formato de parceria público-privada (PPP).

De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, estão previstos investimentos da ordem de R$ 120 milhões para modernizar a estrutura do terminal, que há anos enfrenta problemas como equipamentos quebrados e falhas de segurança. “Os usuários poderão notar, em breve, melhorias significativas, especialmente na recuperação das escadas rolantes, elevadores e na organização geral do espaço”, explicou Gonçalves.

Durante os três meses anteriores à transferência definitiva, o consórcio já vinha atuando em modelo de gestão compartilhada com o GDF. Com a transição oficial, toda a operação da rodoviária passa a ser de responsabilidade do grupo privado.

Entretanto, a privatização do terminal gerou descontentamento entre trabalhadores e comerciantes informais. Na semana passada, funcionários da limpeza chegaram a paralisar as atividades, exigindo a garantia de seus contratos de trabalho com a nova gestão. O serviço foi retomado após o secretário se comprometer a interceder junto ao consórcio para a manutenção dos contratos.

Além disso, ambulantes que atuavam irregularmente no local têm se manifestado contra as mudanças, alegando que a nova administração limita sua atividade. No dia 8 de maio, uma operação da Secretaria DF Legal para desocupar o terminal resultou em confrontos, uso de spray de pimenta e discussões com o deputado distrital Fábio Felix (PSol), que acompanhava a ação. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que os agentes agiram em resposta a agressões, enquanto o parlamentar denunciou abuso de autoridade.

O projeto de revitalização da rodoviária inclui, entre outras melhorias, a construção de uma nova estação do BRT e a modernização dos estacionamentos, que passarão a ser rotativos e com cobrança de tarifas. O contrato estabelece que o consórcio deverá investir R$ 7 milhões na reestruturação dos estacionamentos e do sistema operacional nos próximos dois anos, e outros R$ 57,7 milhões na reforma do edifício. A modernização completa está orçada em aproximadamente R$ 54,9 milhões.

Durante o período de transição, foram criados uma central de videomonitoramento integrada à Secretaria de Segurança Pública do DF e uma sala multissensorial para atendimento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências.

A expectativa do governo local é que, com os investimentos previstos, a rodoviária se transforme em um espaço moderno, seguro e funcional, capaz de oferecer serviços de qualidade aos cidadãos.

Da redação Estrutural On-line

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