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Minas Gerais completa quatro anos como referência latino-americana na campanha global Race to Zero

Evandro Rodney / IEF

No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quinta-feira (5), Minas Gerais celebra quatro anos de participação ativa na campanha internacional Race to Zero, liderada pela ONU e pelo Reino Unido. O estado foi pioneiro na América Latina e no Caribe ao aderir à iniciativa, que mobiliza governos e instituições do mundo todo em prol da neutralização das emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

Desde sua entrada oficial na campanha, em 2021, Minas tem se destacado por implementar políticas públicas robustas e metas bem definidas para enfrentar a crise climática. O movimento foi iniciado com a assinatura de um protocolo de intenções entre o governo estadual e a embaixada britânica, simbolizando o início de uma cooperação estratégica em temas como energia renovável, agricultura sustentável, finanças verdes e mineração responsável.

Essa parceria foi renovada recentemente, fortalecendo o compromisso mineiro com uma economia de baixo carbono. O estado também está se preparando para participar ativamente da COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA).

"Minas é um exemplo vivo de que é possível conciliar desenvolvimento econômico, gestão climática eficaz e preservação ambiental, garantindo um legado positivo às futuras gerações", ressalta o governador Romeu Zema.

Segundo o governador Romeu Zema, a adesão à Race to Zero coloca Minas como uma das lideranças globais no combate às mudanças climáticas. “Seguimos avançando com responsabilidade e transparência para garantir um futuro mais sustentável e resiliente para todos”, destacou.

A agenda climática mineira é conduzida pelo Plano Estadual de Ação Climática (Plac), lançado em 2022. O documento estabelece 199 metas — sendo 131 voltadas à redução de emissões e 68 à adaptação —, incluindo o fim do desmatamento ilegal até 2028, a eletrificação do transporte, a expansão da agricultura de baixo carbono e a ampliação da capacidade de geração de energia limpa para quase 19 GW até 2050.

A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, enfatiza que o compromisso com o Race to Zero é transversal, envolvendo todas as secretarias do estado e contando com o apoio de entidades representativas, como Fiemg, Faemg e a Assembleia Legislativa.

"Essa integração foi essencial para alcançarmos resultados reais e fazer de Minas um exemplo de liderança na sustentabilidade", afirma a secretária Marília Melo.

Para garantir acompanhamento rigoroso das ações, o estado implantou o MRV Climático, um sistema que permite monitorar, reportar e verificar iniciativas voltadas à agenda ambiental. A ferramenta integra dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), além de indicadores de risco e vulnerabilidade, auxiliando na priorização de investimentos.

Minas também se destaca na produção de energia solar, liderando a geração distribuída no Brasil, com 18% da capacidade nacional instalada — o que evita a emissão de aproximadamente 394 mil toneladas de gases poluentes por ano. A atração de investimentos segue em alta, com destaque para uma nova fábrica de veículos elétricos e baterias, que deve receber um aporte de R$ 25 bilhões.

No setor rural, o estado vem implementando o Selo Verde MG, desenvolvido em parceria com a UFMG e com apoio do Reino Unido e da União Europeia. A iniciativa avalia a conformidade socioambiental das propriedades e aponta que 94% das áreas rurais mineiras não têm registros de desmatamento ilegal desde 2008 — índice que chega a 99% entre as produtoras de café.

Minas também vem ampliando sua atuação em redes globais de governança climática, como o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. Em 2024, apresentou suas ferramentas de gestão no Encontro Nacional do ICLEI como exemplo de políticas públicas eficazes.

Tramita atualmente na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei nº 723/2015, que institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. O objetivo é consolidar legalmente os compromissos ambientais assumidos e garantir a continuidade das ações de enfrentamento à crise climática no longo prazo.

Da redação Estrutural On-line

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