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Divulgação / PCDF |
Policias da 8ª DP (Estrutural), com apoio da Polícia Civil do Ceará, deflagraram nesta quarta-feira (5) a operação Uncover, que resultou na prisão de um jovem de 21 anos, em Fortaleza (CE), acusado de crimes sexuais cometidos pela internet contra adolescentes do DF.
Segundo a PCDF o suspeito iniciou um relacionamento virtual com uma adolescente de 16 anos por meio de uma rede social. Durante o namoro à distância, ele convenceu a jovem a enviar vídeos íntimos e, com o tempo, passou a exercer controle abusivo sobre ela, chegando a obrigá-la a permanecer em ligações de vídeo por quase 24 horas por dia.
Ao tentar romper o relacionamento, a vítima foi ameaçada e chantageada. O investigado exigiu que ela continuasse produzindo vídeos íntimos e ainda a forçou a gravar imagens da própria irmã e de uma prima, ambas maiores de idade. Além disso, a adolescente foi obrigada a assistir conteúdos pornográficos envolvendo outras jovens, também vítimas do suspeito.
Após o fim do contato, o agressor divulgou os vídeos da adolescente e de sua irmã para amigos, familiares e pessoas próximas às vítimas. Em outro episódio, ele induziu a jovem a obter imagens íntimas de uma amiga em São Paulo. A exposição dessas imagens levou a vítima paulista a uma tentativa de suicídio.
No momento do cumprimento dos mandados judiciais, peritos identificaram, nos dispositivos do suspeito, a presença de conteúdo pornográfico envolvendo adolescentes. Ele foi preso em flagrante.
O acusado foi indiciado por crimes como registro, divulgação e armazenamento de material pornográfico envolvendo menores, ameaça, constrangimento ilegal, perseguição, violência psicológica e corrupção de menores. Todos os crimes foram cometidos de forma remota, por meios digitais.
Responsável pela operação, o delegado Horácio Duarte alertou para os riscos da navegação sem supervisão entre crianças e adolescentes. “Deixar filhos soltos na internet é como deixá-los sozinhos nas ruas. Os pais precisam acompanhar de perto o uso de celulares, computadores e aplicativos”, afirmou. Ele orienta que responsáveis busquem ferramentas de controle parental disponíveis gratuitamente na internet.
Por Francisco Gelielçon
#EstruturalOnLine
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