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Imagem de jacqueline macou por Pixabay |
Uma descoberta chocante abalou a cidade de Ciudad Juárez, no estado de Chihuahua, México. A Procuradoria-Geral local revelou, neste domingo (29/6), que 381 corpos foram encontrados acumulados em um crematório que prestava serviços funerários. O local, que deveria realizar a cremação dos corpos, armazenava os cadáveres em condições precárias — alguns deles possivelmente há vários anos.
De acordo com a imprensa mexicana, os familiares das vítimas acreditavam que os corpos de seus entes queridos haviam sido devidamente cremados. Em vez disso, teriam recebido outros materiais, sem qualquer relação com as cinzas humanas.
Eloy García Tarín, porta-voz do Ministério Público, descreveu a cena como “cruel, triste e desumana”. Segundo ele, os corpos estavam "empilhados como sacos de mercadoria", alguns espalhados em diferentes salas do prédio e até mesmo escondidos sob móveis velhos e cobertos de poeira no pátio da empresa.
Apesar da gravidade do caso, o promotor do distrito norte, Carlos Manuel Salas, afirmou que, até o momento, não há indícios de crime. A principal hipótese é a de que o acúmulo dos corpos tenha sido resultado de uma sobrecarga de serviços, o que está sendo apurado em um inquérito administrativo.
A investigação começou na última sexta-feira (27/6), quando agentes encontraram 60 cadáveres embalsamados em péssimas condições de conservação. Após a descoberta inicial, o local foi imediatamente interditado pelas autoridades estaduais e municipais. Até agora, duas pessoas estão sob investigação.
O caso levanta questionamentos sobre a fiscalização dos serviços funerários na região e sobre o respeito à dignidade das vítimas e de suas famílias. A Procuradoria promete continuar a apuração para esclarecer as responsabilidades e dar uma resposta à sociedade.
Da redação Estrutural On-line
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