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Imagem de Frank Rietsch por Pixabay |
Em um raro gesto de aproximação após mais de três anos sem negociações diretas, Rússia e Ucrânia concordaram em trocar mil prisioneiros de guerra de cada lado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (16), ao final de uma reunião realizada em Istambul, na Turquia, que contou com a mediação do governo turco.
Apesar da ausência dos presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, os representantes de ambos os países participaram do encontro, o primeiro desde o início da invasão russa à Ucrânia em 2022. A reunião também teve a presença de autoridades dos Estados Unidos, compondo uma mesa trilateral que buscou abrir caminhos para a retomada do diálogo.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, destacou que o encontro tratou de mecanismos para alcançar uma paz duradoura e enfatizou que qualquer resolução deve ocorrer com base em um cessar-fogo total e sem condições, rejeitando acordos anteriores que teriam sido desrespeitados por Moscou.
Além da troca de prisioneiros, o governo ucraniano também mencionou a expectativa pelo retorno de crianças deportadas e reforçou o apelo por garantias internacionais para assegurar o fim definitivo do conflito.
Do lado russo, o chefe da delegação, Vladimir Medinsky, classificou as conversas como produtivas, embora tenha reconhecido que ainda existem diferenças importantes entre as propostas. Segundo ele, as partes concordaram em formalizar, por escrito, suas condições para um possível cessar-fogo.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, informou nas redes sociais que as delegações se mostraram dispostas a continuar os diálogos em uma nova rodada de negociações, ainda sem data definida.
Apesar das divergências e da brevidade do encontro — que durou menos de duas horas —, o acordo sobre a troca de prisioneiros é visto como um avanço simbólico na tentativa de reabrir canais diplomáticos entre os dois países em guerra.
Da redação Estrutural On-line
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