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PCDF deflagra Operação Monopólio e desarticula organização criminosa que movimentou R$ 150 milhões

A operação foi realizada em cinco cidades do DF e uma do Goiás


Foto: Francisco Gelielçon / Arquivo: Estrutural On-line

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio de uma força-tarefa entre a Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) e a 8ª Delegacia de Polícia, deflagrou nesta quarta-feira (14) a Operação Monopólio, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa armada, especializada no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que atuava principalmente na região da Estrutural/DF.

A ação contou com o cumprimento de 22 mandados de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão, realizados em seis cidades: Estrutural/DF (23), Paranoá/DF (2), Ceilândia/DF (1), Águas Claras/DF (1), Samambaia/DF (1) e Aparecida de Goiânia/GO (1). Além disso, foram determinados 26 bloqueios de contas bancárias e o sequestro de diversos bens.

Foto do armamento de um dos investigados / Imagem: cedida ao Portal Estrutural On-line

Estrutura e Atuação da Organização

Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), as investigações apontam que o grupo criminoso utilizava violência e intimidação para monopolizar o comércio de drogas na Estrutural, o que deu origem ao nome da operação. O líder do grupo, segundo a polícia, além de comandar o esquema de tráfico, financiava a defesa jurídica dos membros presos, evidenciando um sofisticado sistema de suporte interno.

Com uma estrutura empresarial paralela, a quadrilha dissimulava os lucros obtidos com o tráfico por meio de lavagem de dinheiro, utilizando inclusive a técnica conhecida como “smurfing” — que consiste na fragmentação de depósitos bancários em pequenas quantias, pulverizadas em diversas contas para mascarar a origem ilícita dos valores.

Esquema Financeiro e Lavagem de Dinheiro

Durante as apurações, os investigadores identificaram 12 estabelecimentos comerciais envolvidos na ocultação e dissimulação de valores oriundos do tráfico de drogas. Quatro dessas empresas são comprovadamente fictícias, não apresentando qualquer atividade nos endereços fiscais registrados. As demais empresas operavam com receitas lícitas e ilícitas mescladas, uma tática típica de organizações criminosas sofisticadas.

Um dos estabelecimentos, registrado em nome do líder da organização, faturou mais de R$ 2 milhões em notas fiscais em apenas seis meses (entre fevereiro e agosto de 2020), valor dez vezes superior ao seu faturamento declarado. Outro, com capital social de apenas R$ 1.000,00, movimentou mais de R$ 1,6 milhão em igual período no ano de 2021.

Já na conta pessoal do líder da organização, foi identificada a movimentação de cerca de R$ 6 milhões entre janeiro de 2022 e outubro de 2024. No total, a organização criminosa movimentou aproximadamente R$ 150 milhões no mesmo período.

Crimes e Penas

Os investigados poderão responder por integração em organização criminosa (pena de 3 a 8 anos de reclusão), tráfico de drogas (pena de 5 a 15 anos) e lavagem de dinheiro (pena de 3 a 10 anos).

A Polícia Civil destaca que as investigações prosseguem e que novas diligências podem ser realizadas com o avanço da análise dos materiais apreendidos.

Por Francisco Gelielçon
#EstruturalOnLine

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