Flávio Pacheco da Silva, preso nesta quinta-feira (22) após ameaçar detonar uma bomba nas proximidades do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), em Brasília, portava dois artefatos explosivos artesanais — um deles com potencial de explosão, conforme confirmado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O caso mobilizou as forças de segurança e causou tensão na Esplanada dos Ministérios.
Além dos explosivos improvisados, Flávio carregava 20 bombinhas conhecidas como “cabeção”, geralmente utilizadas em festas juninas. A identificação do suspeito foi feita por reconhecimento facial, e ele foi detido por agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) cerca de uma hora após o início da ocorrência.
Segundo a PMDF, o primeiro artefato desativado não possuía material explosivo. Já o segundo, ao ser manipulado pela equipe antibombas, acabou detonando devido à presença de pólvora. “Foi utilizado um tiro disruptivo para neutralizar o dispositivo. No segundo artefato, houve uma detonação, com emissão de fumaça branca — sinal típico de pólvora”, explicou o major Raphael Broocke, porta-voz da PM.
Estava com esposa grávida e duas crianças
No momento da ameaça, Flávio estava acompanhado da companheira, que está grávida, e de suas duas filhas pequenas. Antes das 16h, ele estourou uma das bombinhas no chão, o que gerou barulho semelhante ao de uma explosão e levou servidores do ministério a acionar as autoridades.
Após ser imobilizado pelo Bope, os policiais encontraram os artefatos na mochila do suspeito. A esposa dele foi encaminhada ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde permanece internada para avaliação médica. As crianças estão sob os cuidados de assistentes sociais, e familiares foram notificados.
O episódio está sendo tratado com rigor pelas autoridades, que apuram as motivações do suspeito e possíveis antecedentes. O local do incidente foi isolado por segurança e as atividades no ministério foram interrompidas temporariamente.
Da redação Estrutural On-line
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