Deputada Doutora Jane denuncia violência política de gênero e promete seguir na luta: “Não vão me silenciar”

Deputada distrital @doutorajanedf / Foto: revista dbn

Em um pronunciamento marcado pela firmeza e emoção no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), a deputada distrital Doutora Jane Klebia (MDB) reagiu publicamente aos ataques que vem sofrendo, os quais classificou como violência política de gênero. A parlamentar, que é a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Casa em mais de três décadas, afirmou que continuará exercendo seu mandato com determinação e não aceitará tentativas de silenciamento.

“É sintomático que, mesmo em 2025, uma mulher negra ainda incomode por ocupar um espaço de poder. Mas estou aqui para dizer que não vou recuar”, declarou a deputada, reforçando o simbolismo de sua presença na CLDF.

Ao se referir à Lei 14.192/2021, que combate a violência política contra as mulheres, Jane defendeu a aplicação rigorosa da norma e cobrou respeito institucional. Eleita com mais de 19 mil votos, ela destacou sua representatividade, especialmente entre mulheres periféricas, mães solo e trabalhadoras que historicamente têm sido excluídas dos espaços de decisão.

“Eu represento vozes que nunca foram ouvidas. Se o objetivo é me intimidar, saibam que minha resposta será com mais presença e mais voz”, afirmou em tom categórico.

Além das denúncias, Jane aproveitou o momento para apresentar um balanço de seu mandato, destacando ações voltadas para saúde, segurança pública, infraestrutura e políticas sociais em diversas regiões administrativas do Distrito Federal. “A melhor forma de enfrentar o preconceito é com trabalho concreto e compromisso com o povo”, reforçou.

Encerrando sua fala, a deputada fez um apelo aos colegas parlamentares para que se posicionem diante da violência política e defendam a democracia: “Essa luta não é apenas minha. Quando se tenta calar um mandato legitimado pelas urnas, fere-se a democracia como um todo”.

O presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), manifestou solidariedade em nome da Casa e informou que a denúncia será encaminhada à Polícia Civil, para a devida apuração dos fatos e proteção dos parlamentares.

Por Francisco Gelielçon

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