Wolney Queiroz é anunciado como substituto
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Breno Esaki/Metrópoles |
Após uma série de denúncias sobre irregularidades nos descontos em aposentadorias e pensões, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão nesta sexta-feira (2/4). A decisão foi aceita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ocorre após o desgaste político provocado pela operação da Polícia Federal (PF) que investiga fraudes envolvendo entidades que descontavam valores indevidos da folha de pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As investigações ganharam força após reportagens publicadas pelo portal Metrópoles a partir de dezembro de 2023, que revelaram que associações vinham arrecadando bilhões de reais por meio de filiações suspeitas. Segundo o portal, em apenas um ano essas entidades movimentaram cerca de R$ 2 bilhões, mesmo estando envolvidas em milhares de processos judiciais por suspeita de fraude.
A repercussão das matérias levou a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) a aprofundarem as apurações, resultando na Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril. A operação culminou no afastamento de servidores e na exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto — indicado por Lupi.
Embora o ministro não seja investigado diretamente, sua permanência no cargo ficou insustentável após vir à tona que ele foi informado sobre os problemas ainda no ano passado e não adotou medidas efetivas. A demora em demitir Stefanutto também foi mal recebida no Palácio do Planalto, agravando a situação.
Nas redes sociais, Lupi agradeceu ao presidente Lula pela confiança e afirmou que sua decisão foi motivada pelo desejo de preservar a governabilidade. “Meu nome não aparece em nenhum momento nas investigações. Apoiei, desde o início, todas as apurações, com total transparência”, declarou. Ele ainda defendeu que os responsáveis pelas irregularidades sejam identificados e punidos.
Para o lugar de Lupi, o governo anunciou Wolney Queiroz, ex-deputado federal e atual secretário-executivo da pasta. Aliado político e também filiado ao PDT, Queiroz assume a missão de reestruturar a imagem da Previdência Social em meio à crise.
Da redação Estrutural On-line
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