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Bate boca entre Marina Silva e o senador Marcos Rogério na comissão do Senado repercute na imprensa

Geraldo Magela/Agência Senado

A audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27/5), foi marcada por um acalorado embate entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente do colegiado. Durante o debate, que tratava de obras na BR-319 e a criação de unidades de conservação marinha na Margem Equatorial, as tensões chegaram ao ponto da ministra deixar a sessão alegando desrespeito.

O confronto se intensificou quando Marina, ao ser interrompida por Rogério, declarou: “É um governo de frente ampla, para enfrentar a ditadura com a qual o senhor não se importou”. O senador, visivelmente irritado, retrucou: “Essa é a educação da ministra Marina Silva. Ela aponta o dedo. Não vou me intimidar, não”.

A ministra respondeu prontamente: “O senhor gostaria que eu fosse uma mulher submissa, mas eu não sou”. Rogério rebateu acusando Marina de sexismo: “Agora sexismo, ministra? Me respeite”. Marina respondeu: “Eu estou lhe respeitando, o senhor é que precisa me tratar com educação”. O senador finalizou: “Me respeite, se ponha no seu lugar”.

Após nova provocação, desta vez do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que insinuou que Marina merecia respeito apenas como mulher e não como ministra, a titular do Meio Ambiente decidiu se retirar da comissão.

Rogério anunciou que a convocação de Marina Silva será incluída na pauta da próxima reunião, o que obrigará a ministra a retornar ao colegiado.

A audiência também foi palco de outra tensão, desta vez entre Marina e o senador Omar Aziz (PSD-AM), que a responsabilizou pela crise do oxigênio em Manaus durante a pandemia devido à paralisação da obra na BR-319. Marina negou responsabilidade, lembrando que não ocupou o ministério entre 2008 e 2023 e ressaltou que outros ministros, nesse período, não avançaram na pavimentação da rodovia.

O episódio evidenciou o clima de animosidade em torno da agenda ambiental e de infraestrutura no Congresso, além de destacar o desafio do governo na interlocução com os parlamentares.

Da redação Estrutural On-line

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