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| Foto: Reprodução/Câmeras de Segurança |
Um crime brutal chocou frequentadores do Shopping Metrô Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, na noite da última terça-feira (15). O 3º Sargento aposentado da Polícia Militar, Abel Silva de Siqueira, de 58 anos, foi atropelado duas vezes no estacionamento do centro comercial. A principal linha de investigação aponta para um crime motivado por vingança.
De acordo com a Polícia Civil, o ex-PM estava no shopping acompanhado da família e se dirigia sozinho ao seu veículo, por volta das 18h40, quando foi surpreendido. Imagens do circuito interno de segurança mostram o momento em que um carro preto modelo Veloster atinge a vítima. Segundo relatos de testemunhas e agentes de segurança, Abel chegou a tentar se levantar, mas o condutor manobrou e o atropelou novamente. O Corpo de Bombeiros confirmou o óbito no local.
As autoridades investigam a ligação entre o crime e um episódio ocorrido em março do ano passado, quando o filho do principal suspeito, Luan Henrique Bonifácio, foi morto a tiros após uma briga de trânsito com Abel. Na ocasião, Luan chegou a ser hospitalizado, passou por cirurgias, mas não resistiu.
Dois mandados de prisão foram expedidos pela Justiça: um contra Osvaldo Bonifácio de Jesus, pai de Luan e proprietário do carro envolvido no atropelamento, e outro contra Alan Bonifácio, irmão do jovem morto. Apesar disso, nenhum dos suspeitos foi detido até o momento.
Segundo o delegado Valdecir Aparecido, que conduz as investigações, diversos elementos indicam que o crime foi planejado. “Encontramos impressões digitais de Alan no interior do veículo e imagens que mostram o carro dele entrando no estacionamento logo após o da vítima”, afirmou. Além disso, o celular de Alan, apreendido pela polícia, continha fotografias dos documentos pessoais de Abel.
O delegado ainda não descarta a possibilidade de que outros membros da família do ex-PM também fossem alvos do atentado. “O modo como o carro foi utilizado demonstra frieza e intenção. Se outros familiares estivessem com ele naquele momento, poderiam ter sido atingidos”, alertou.
Após o crime, o motorista fugiu rompendo a cancela do estacionamento, mas deixou para trás o para-choque com a placa, o que possibilitou a identificação do veículo. O automóvel foi encontrado abandonado cerca de um quilômetro do local do crime. A polícia ainda apura quem estava ao volante no momento do atropelamento.
A reportagem tentou contato com os advogados dos suspeitos, mas até o momento não obteve retorno.
Da redação Estrutural On-line
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