Caso levanta alerta para os riscos nas redes sociais
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Uma tragédia envolvendo uma criança de apenas 8 anos reacendeu o debate sobre os perigos de desafios virais nas redes sociais. Sara Raíssa Pereira faleceu após participar do chamado “desafio do desodorante”, que circula na plataforma TikTok e envolve a inalação do gás presente em sprays aerossóis.
Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal, Sara foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na última quinta-feira (10/4), após ter inalado o produto. A menina sofreu uma parada cardiorrespiratória e, embora tenha sido reanimada após cerca de uma hora de tentativas da equipe médica, acabou evoluindo para um quadro de morte cerebral, que foi confirmado três dias depois.
A 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) está conduzindo as investigações sobre o caso. Um inquérito foi instaurado para apurar como a criança teve acesso ao conteúdo do desafio e se houve responsabilidade de terceiros na divulgação. O delegado João de Ataliba explicou que, dependendo do desfecho das investigações, os envolvidos na publicação do conteúdo podem responder por homicídio duplamente qualificado — crime cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Solidariedade e luto
Sem recursos para cobrir as despesas do funeral, a família de Sara iniciou uma campanha de arrecadação online. As doações estão sendo feitas por meio de uma chave Pix em nome de Fabiana Pereira Brandão. Nas redes sociais, parentes e amigos prestaram homenagens emocionadas à menina. “A pequena Sara Raíssa deixou uma lacuna imensa no coração de todos que a amavam”, declarou uma familiar.
O caso gerou comoção e reforça a necessidade de maior atenção por parte dos responsáveis e das plataformas digitais sobre o tipo de conteúdo que chega às crianças. Especialistas alertam para o monitoramento constante do que os menores acessam na internet e defendem campanhas de conscientização para prevenir tragédias semelhantes.
Da redação Estrutural On-line
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