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Invejosos estão incomodados com a compra do banco Master feita pelo BRB

Estrutural On-line

A compra de parte do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) tem tomada conta do noticiário nos últimos dias. Depois que o negócio foi anunciado, isso no dia 28 de março, imediatamente uma avalanche de notícias começaram a surgir nos principias veículos de imprensa do país relatando o fato e dizendo que as tratativas para tal compra estava com cheiro de negociata. O valor da compra seria de R$ 2 bilhões.

De acordo com as informações divulgadas, se a compra for de fato efetivada, o BRB passará a ter 58% do capital total do Master e mais 49% das ações ordinárias. A compra se tornou notória, primeiro, porque o BRB é um banco estatal, ou seja, público, e, depois, porque o Banco Master seria considerado pelos analistas econômicos como um banco “agressivo” na sua captação de recurso, que oferece rendimentos de até 140% do certificado de depósito bancário (CDI) para pessoas que adquirem papéis da instituição financeira – esse valor é bem acima das taxas médias para bancos pequenos, que atualmente gira entre 110% e 120% do CDI.

Porém, o que se discute aqui não é o fato se o banco Master é ou não um bom negócio para o BRB, mas, sim, se dessas informações é possível extrair argumentos para criticar o governo de Ibaneis Rocha (MDB) que, segundo disse em entrevista à imprensa local, não entraria numa barca furada que poderia manchar a reputação de seu governo.

“Estou muito seguro. Acompanhei toda a operação desde o início. Tiramos toda a parte ruim, só vamos ficar com parte dos CDBs. Fizemos uma análise meticulosa, com consultorias. Não faria nada para manchar a imagem do meu governo, que é sério”, garante o governador.

Realmente, tudo indica que, por mais que seja uma operação complexa e que chamou a atenção até mesmo os funcionários do Banco Central – que serão responsáveis por validar a compra em até 360 dias –, a compra do Master pelo BRB é dada como certa.

Dirigentes das duas instituições, nos bastidores, já afirmaram que o negócio não teria sido assinado se não houvesse segurança das vantagens da operação para o BRB e para o Master e também para o aumento da concorrência no mercado financeiro.

Portanto, as críticas que estão sendo feitas à negociação não têm um caráter econômico, como era o esperado, mas possui um cunho nitidamente político. Ainda mais por se tratar de um ano pré-eleitoral, onde qualquer medida do governo vira assunto de debate e ganha contornos polêmicos.

O governador Ibaneis Rocha, que tudo indica, pretende fazer sua vice, Celina Leão (PP), como sua sucessora, e ele próprio, deverá se candidatar ao Senado no próximo ano, não sujaria sua imagem com uma transação desastrada, ainda mais depois que o assunto se tornou pauta para na imprensa nacional. 
Por isso, o governador de forma bastante incisiva disse à imprensa que o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, está aberto para prestar esclarecimentos detalhando a operação a qualquer órgão de controle. “Ele vai à Câmara, ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público, a qualquer lugar. Antes mesmo da possível convocação, ele se colocou à disposição para esclarecer todas as dúvidas”, garantiu Ibaneis.

Quando se olha de onde tem vindo as críticas, sente-se imediatamente o cheiro de politicagem. A começar pelo presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Ricardo Capelli, que além de ser ligado ao presidente Lula, é também candidato ao GDF em 2026 pelo PSB. Depois, temos o deputado distrital Chico Vigilante e a deputada federal Érika Kokay, ambos do PT, e, portanto, adversários de Ibaneis – principalmente Kokay, que deve disputar com o governador uma vaga ao Senado.

Sendo assim, transformar a compra do Master em um debate político, e não econômico, como era de se esperar, é um desserviço à população do Distrito Federal – que passaria a ter mais arrecadação e, por conseguinte, mais investimentos. “Vamos sair de R$ 200 milhões em investimentos para R$ 1 bilhão.
A população ganha muito com esses investimentos, em melhorias nas cidades”, garante Ibaneis.
  
A afirmação feita pelo governador de que o BRB saiu das páginas policiais em seu governo também é outra particularidade que intrigou a oposição. O banco, que chegou a ser alvo da operação Circus Maximus, deflagrada Polícia Federal (PF), em 2019, prendeu diretores do Banco de Brasília (BRB), ex-dirigentes da instituição e empresários que praticavam corrupção durante o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB).

Segundo a PF, o esquema negociava recursos para supostamente pagar dívidas de campanha de Rollemberg. Neste caso, vem a calhar o velho ditado que diz: “os cães ladram e a caravana passa”. Isso porque a compra será efetivada, segundo apurações feitas pela própria imprensa junto ao BC, e que suas vantagens, quando concretizada, será considerada mais uma medida tomada durante o governo Ibaneis e que deu certo, e trouxe ganhos, não só para sua gestão, mas também para a população.

Daí, a tranquilidade do governador em dizer que: “O banco vai crescer. Já temos penetração em quase todo o país e vamos entrar nos precatórios trabalhistas. Vamos crescer ainda mais. Logo estaremos entre os maiores bancos do país.” 

Avante BRB!

Por Marcos Padilha - Estrutural On-line

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