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| Foto: Francisco Gelielçon / Arquivo: Estrutural On-line |
O cenário político do Distrito Federal ganhou um novo contorno com o anúncio da pré-candidatura do governador Ibaneis Rocha (MDB) ao Senado Federal para as eleições de 2026. A decisão, oficializada recentemente, movimenta os bastidores da política local e redefine as projeções para o pleito, colocando o atual chefe do Executivo como um dos nomes mais fortes na disputa por uma das duas cadeiras disponíveis.
Com uma administração bem avaliada por grande parte da população – pesquisas indicam aprovação acima dos 60% –, Ibaneis aposta no peso de sua gestão para conquistar uma nova posição no Congresso. Seu histórico à frente do governo do DF, marcado por obras estruturantes, investimentos em áreas-chave como saúde, educação e mobilidade urbana, além de sua habilidade de articulação política, o coloca como um pré-candidato de destaque.
A confirmação de sua pré-candidatura encerra meses de especulação sobre seus próximos passos políticos. Até então, havia dúvidas o que ele decidiria. Com a decisão tomada, Ibaneis passa a utilizar sua visibilidade e legado como trunfos para manter protagonismo na política do DF.
Além de consolidar sua própria trajetória, a movimentação de Ibaneis também influencia diretamente a composição de outras chapas. A tendência é que ele lidere a coligação majoritária que incluirá a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como outra postulante ao Senado. A expectativa de aliados é que o governador funcione como uma âncora eleitoral, ampliando o alcance da chapa além do eleitorado bolsonarista, com quem Michelle tem maior identificação.
Enquanto Michelle Bolsonaro entra na disputa com forte apelo simbólico e carisma, Ibaneis traz a bagagem administrativa e a vivência no Executivo. Essa diferença de perfis pode ser decisiva na hora do voto, especialmente entre os eleitores que priorizam experiência e capacidade de entrega. Nesse aspecto, o atual governador leva vantagem.
Marcado por uma gestão eficaz e por uma política de diálogo com diferentes correntes partidárias, o que lhe garantiu estabilidade na Câmara Legislativa e viabilizou grandes projetos. Essa capacidade de transitar por diferentes espectros ideológicos o torna uma figura política de grande adaptabilidade — algo raro em tempos polarizados.
Outro ponto de destaque é a articulação em torno da sucessão no GDF. Ibaneis já demonstrou apoio à vice-governadora Celina Leão (PP) como sua possível sucessora, sinalizando continuidade administrativa e reforçando alianças com o eleitorado mais conservador.
O anúncio da pré-candidatura de Ibaneis ao Senado, portanto, não apenas impulsiona sua própria carreira, como também provoca um realinhamento no xadrez político da capital federal. Com capital político acumulado, experiência comprovada e um discurso centrado em resultados, ele entra na corrida senatorial como um dos favoritos — e com o claro objetivo de continuar exercendo influência direta no desenvolvimento do Distrito Federal, a partir do Congresso Nacional.
Por Francisco Gelielçon
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