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Em Londres, governador Ibaneis fala sobre os avanços que o DF tem tido no âmbito social e econômico e diz que conseguiu “imprimir uma nova marca de administração” na capital da República

Foto: Francisco Gelielçon / Estrutural On-line

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), palestrou, nesta manhã (29), no evento Lide Brazil Conference London. O evento, que acontece na capital da Inglaterra, e é promovido pelo Lide, UOL e Folha de S.Paulo, reúne líderes políticos, empresariais, além de investidores brasileiros e britânicos.

O governador, foi convidado para falar sobre o modelo de gestão ESG – sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) – que tem sido empregado no Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com Ibaneis, a gestão do poder público não se difere muito da administração de uma empresa privada, e, de acordo com ele, essa postura política tem sido a prática de vários governadores e prefeitos que foram eleitos após o ano de 2018.

“Sou de uma geração de políticos que vieram a partir da eleição de 2018. A gente tem trabalhado muito com as economias de nossos estados possibilitando assim um investimento efetivo na questão da sustentabilidade, partindo do princípio que o Estado tem que ser gerido como uma verdadeira empresa e esse estado empresa que nós estamos falando, gera outras possibilidades para as pessoas e, em especial, àquelas que mais têm necessidades”, destacou o governador, logo no início de sua fala.
 
Para Ibaneis, a forma de gerir a máquina pública tem sofrido alterações e continuará a passar por mudanças assim como tem ocorrido na sociedade em geral. Se antes tínhamos um Estado engessado, mais conservador, de difícil transição de rota, hoje, a política exige que o gestor tenha coragem e habilidade para mudar de posição assim que achar necessário, caso o objetivo final, seja a melhoria da qualidade de vida da população.

Como exemplo deste novo tempo, Ibaneis Rocha mencionou os avanços que seu governo tem conseguido em várias áreas, como no segmento das contas públicas, onde o orçamento anual teve um aumento substancial, saindo de R$ 35 bilhões, em 2018, para R$ 68 bilhões neste ano.

“Do ponto de vista do investimento em infraestrutura, o ano de 2018 que é referência para nós, foram investidos em todo o Distrito Federal apenas R$ 200 milhões, neste ano de 2024, nós já vamos investindo em torno de R$ 7 bilhões na capital da República. Isso tudo é fruto de uma organização administrativa, de uma gerência efetiva do estado e uma participação franca e objetiva com o empresariado da nossa capital, o que permitiu só nesse último ano de 2023 para 2024 um crescimento das nossas receitas tributárias da ordem de 17,5%, e isso, sem aumentar qualquer tributo”, afirma o governador.

Essa nova forma de administrar o poder público, segundo o governado do DF, passa pela “modernização da legislação” dos Estados. Segundo ele, na capital federal foi precisa aprovar na Câmara Legislativa (CLDF), após muita discussão e resistência de alguns parlamentares da oposição, leis que permitiram o “avanço dos investimentos” em setores estratégicos para o crescimento da economia local.

“Recentemente aprovamos uma lei que era discutida na Câmara Legislativa do Distrito Federal há 13 anos, que é o Plano de Preservação Urbanista da capital da República e fizemos a regulamentação recentemente, regularizando todas as áreas urbanas do Distrito Federal e todas as ocupações, o que permitiu o crescimento com mais investimentos, geração de emprego e geração de renda para o Distrito Federal”, lembra.

O governador também mencionou que essas mudanças legislativas possibilitaram que o governo tivesse mais autonomia para realizar políticas públicas que visem alavancar a economia por meio de um desenvolvimento mais sustentável. Como exemplo, ele citou o turismo na capital federal, que tem tido, segundo ele, forte apoio de seu governo.

“Na questão do turismo, nós tivemos um crescimento desses últimos anos desde 2019 da ordem de 35%, o que gera também emprego, renda e sustentabilidade, porque é uma atividade limpa e que traz muitos recursos”, diz. “Reduzimos o imposto da hotelaria do Distrito Federal permitindo que a gente tenha tarifas mais baratas dentro dos nossos hotéis, fizemos isso também com o combustível de aviação trazendo para Brasília, coisa que não tínhamos mais, que são voos internacionais”, completa.
 
No que tange a segurança pública, Ibaneis comentou sobre o recente jogo de futebol entre Brasil e Peru, realizado no estádio Mané Garrincha, que segundo o governador, não houve nenhuma ocorrência de furto de celular e que os turistas puderam sair de seus hotéis e irem a pé assistir a partida.

 “Investimento que nós temos feito também na segurança pública, que é considerada a segunda cidade mais segura do Brasil, e é a cidade que foi colocada como a melhor cidade em qualidade de vida do Brasil”, ressalta.

O governador também falou sobre as conquistas sociais, que tem sido feito em sua gestão sob administração direta da primeira-dama Mayara Noronha, e que, segundo ele, teve crescimento em relação ao montante de recursos investidos em prol das pessoas mais carentes. De acordo com Ibaneis, em 2018, foram investidos na área social, cerca de R$ 120 milhões, já, só neste ano, já são R$ 1 bilhão investidos, e para 2025, esse total pode chegar a 1,3 bilhão.

“São diversos programas sociais que atingem de forma efetiva a população mais carente, que coloca o Distrito Federal dentro das cidades que tem a maior segurança alimentar do Brasil, onde a gente tem a capacidade de fornecer, para toda a população, as três refeições que são necessárias para a subsistência dessa população mais carente da nossa capital da República”, garante. “Tenho muito orgulho de ter conseguido imprimir uma nova marca de administração ao governo do Distrito Federal.”
Ibaneis Rocha lembrou que atualmente a política tem sido descentralizada, se antes os govenadores dependiam de forma integral do governo federal, hoje, os gestores estão conseguindo andar com suas próprias pernas, e, quase todo investimento que tem sido feito nos estados, são feitos pelos próprios governos estaduais.

“Vai uma crítica que eu espero que seja bem compreendida: hoje o investimento na infraestrutura do país, como quase que um todo, tem sido feito a partir da organização administrativa que os governadores têm imprimido, o governo federal tem feito muito pouco na questão do investimento na infraestrutura do país e esse investimento ele vem ocorrendo pela mão dos governadores”, afirmou Ibaneis, que atualmente é presidente do Fórum dos Governadores.

Por fim, o governador disse que continuará a governar o DF dentro desses princípios que ele julga serem necessários para uma boa gestão, realizando assim, o que ele chamou de “sonho de Juscelino Kubitschek”, que transferiu a capital para o Centro-Oeste com a intenção de integrar as regiões Sul e Sudeste ao resto do país.

“Nós vamos continuar trabalhando com o apoio sempre preciso da Câmara dos Deputados, do Senado, e a gente tem uma parceria realmente efetiva, convivemos quase que todos os dias em conjunto com todos os poderes da República e a gente espera que isso traga mais desenvolvimento para a população do Brasil, para que a gente tenha um nível bem mais elevado. Por isso, sejam bem-vindos a Brasília, sejam bem-vindos à capital da República”, conclui Ibaneis. 

Da redação Estrutural On-line

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