Israel invade e assume controle de Rafah, passagem entre Gaza e Egito

Israelenses afirmam ter matado 20 homens armados e encontrado a entrada de três túneis na cidade ao sul da Faixa de Gaza

Imagem de Rodolfo Quevenco por Pixabay

Os militares israelenses confirmam que a 401ª Brigada Blindada capturou Rafah e a passagem da Faixa de Gaza para o Egito. E que agora controlam o portão de travessia entre os dois territórios.

Fontes humanitárias confirmaram que a ajuda que entrava pelo local está interrompida.

“Neste momento temos o controle operacional do lado de Gaza da passagem de Rafah e temos forças especiais a vigiar a passagem. É isso que vai acontecer nas próximas horas. A operação ainda não acabou”, confirmou um militar para o jornal The Guardian.

Na operação noturna, cerca de 20 homens armados foram mortos, supostamente do grupo extremista Hamas. As Forças de Defesa de Israel (FDI) também localizaram três entradas para túneis, provavelmente usados por terroristas.

Há também a informação da destruição de um carro carregado de explosivos que se dirigia para um tanque das FDI. Os militares afirmam que ataques aéreos ainda atingiram mais de 50 esconderijos do Hamas em Rafah.

Tanques de Israel na passagem

Na manhã desta terça-feira (7/5), os israelenses publicaram imagens de seus tanques perto da passagem de Rafah, na fronteira egípcia. As FDI definiram o ataque como “operação precisa” contra o Hamas. Segundo o grupo, há “informações de inteligência de que terroristas estavam usando a área de passagem para fins terroristas”.

“Antes da operação, as FDI encorajaram os residentes na área oriental de Rafah a evacuar temporariamente para a área humanitária expandida em Al-Mawasi, onde as FDI facilitaram a expansão de hospitais de campanha, tendas e um aumento no fornecimento de água, alimentos e suprimentos médicos”, apontou as FDI.

Na mensagem publicada no canal do Telegram, as forças israelenses destacaram que “as organizações internacionais que trabalham na área também foram incentivadas a evacuar temporariamente antes do início da operação”.

Por Leonardo Meireles - Metrópoles