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Membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) publicam carta aberta endereçada a Lula

O documento critica a escolha de indivíduos sem experiência para cargos de liderança na agência


Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

As mudanças feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) resultaram em uma carta aberta divulgada hoje por servidores da instituição, que criticam a nomeação de indivíduos sem experiência para cargos de alto escalão na agência.

– É necessário que a atividade seja conduzida por quem conhece seus meandros. As reiteradas nomeações de pessoas que não possuem experiência na prática de Inteligência Nacional para posição de direção fragilizam a atividade – diz a carta endereçada ao presidente.

– Ingressamos na Abin por concurso público e temos mulheres e homens preparados para dirigir a agência à qual dedicamos toda uma vida – afirmam.

Na terça-feira (30), Lula demitiu Alessandro Moretti, o segundo em comando da Abin, enquanto a Polícia Federal investiga a influência política na agência durante o governo de Jair Bolsonaro. Seis outros diretores também foram substituídos.

O presidente decidiu manter o delegado Luiz Fernando Corrêa, em quem confia, no comando do órgão. Os dois têm uma relação de longa data - Corrêa foi diretor-geral da Polícia Federal durante o segundo mandato de Lula. O delegado tem enfrentado problemas desde que a PF levantou suspeitas de colaboração entre a atual gestão da Abin e a gestão anterior para evitar a divulgação de monitoramentos ilegais.

Os funcionários da Abin também apoiam a ideia de criar uma vara judiciária especial para autorizar ações de inteligência. Eles acreditam que é importante que os servidores trabalhem com segurança jurídica adequada.

As medidas são consideradas necessárias para preservar a integridade da atividade de interesses político-partidários. O texto ressalta a importância de reformar a inteligência e estabelecer claramente as atribuições e ferramentas de trabalho por meio da legislação. Isso é visto como uma resposta ao atual contexto, que parece ter convencido a todos sobre a necessidade dessa reforma há anos.

A Abin é o órgão central do sistema de inteligência federal e é responsável por produzir informações estratégicas sobre assuntos delicados, como ameaças à democracia e às fronteiras, segurança das comunicações governamentais, política externa e terrorismo.

A Polícia Federal acredita que a agência foi manipulada durante o governo Bolsonaro para favorecer os interesses pessoais do grupo político do ex-presidente.

Da redação Estrutural On-line
#EstruturalOnLine

Reprodução autorizada somente com os créditos do jornalista, site e o link da matéria

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