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PMDF prende homem que matou cobrador com tiro no ouvido durante roubo

Policiais militares receberam a informação de que um dos envolvidos no crime estaria escondido na casa de sua irmã


Reprodução

Aílson Cauã de Oliveira Lima, de 20 anos, suspeito de efetuar o disparo que vitimou o cobrador de ônibus Ariel Santos Marques na noite de segunda-feira (2/10), foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no Recanto das Emas, às 2h desta quarta-feira (4/10). Um menor, de 17 anos, já havia sido apreendido.

Policiais militares receberam a informação de que Aílson Cauã estaria escondido na casa de sua irmã, no conjunto 12 do Recanto das Emas.

A equipe foi ao local e conseguiu deter o homem. Ele foi preso e apresentado na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), onde confessou o crime e disse que se arrependeu. A arma, no entanto, não foi encontrada. Um terceiro envolvido, Kauã Souza, 19, ainda não foi localizado.

De acordo com o delegado-chefe da 27ª DP, Fernando Fernandes, os homens acumulam passagens pela polícia, pelos crimes de roubo, furto, receptação, uso de drogas e outros. As ocorrências foram registradas em Recanto das Emas, Samambaia e Entorno do DF.

Segundo Fernandes, pelo crime de latrocínio, o menor de idade está sujeito a uma medida socioeducativa de internação de até 3 anos em unidade de internação provisória. Já os adultos podem pegar pena que varia de 20 a 30 anos de reclusão em regime fechado.

Sobre a possível motivação do assassinato, o delegado da PCDF destaca: “A gente trabalha primeiro com a possibilidade de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Uma ação covarde, inclusive, porque o cobrador não esboça nenhuma reação e, de repente, no fim, um deles grita para o outro: ‘Atira logo, atira nele’. Com isso, o homem vai e dá um tiro”.

“Não é normal, nesse tipo de crime, a pessoa que não apresenta nenhum tipo de resistência, que não reage à ação dos criminosos, acabar sendo baleada na cabeça de forma proposital e fatal. Uma banalidade muito grande, futilidade, covardia. Era um cidadão, um cobrador, um trabalhador desarmado, que entrega o que tem, coloca as mãos para cima, recua e, mesmo assim, é alvejado na cabeça”, indicou o delegado-chefe da 27ª.

Crime

Em depoimento à polícia, o motorista do ônibus da Viação Pioneira contou que ele e Ariel estavam fazendo a Linha 253, da Santa Maria ao Setor O, e que, na parada do Fort Atacadista, os três assassinos entraram no veículo, um deles armado.

O trio usava moletom preto e blusa. Assim que embarcaram no coletivo, foram diretamente ao cobrador e anunciaram o assalto, enquanto o veículo estava em movimento. Segundo o condutor, quando os criminosos abordaram Ariel, o profissional estava com fone de ouvido e cochilava; por isso, um dos criminosos puxou os cabelos dele.

Em seguida, um dos assaltantes apontou a arma para ele, pedindo que entregasse todo o dinheiro do caixa. Ariel teria dado a quantia aos bandidos, bem como o seu celular.

Mesmo sem reagir ao assalto, um dos criminosos disse: “Dá um tiro nele, dá um tiro nele”. Aílson, então, efetuou o disparo no ouvido do cobrador. Ariel morreu na hora.

No momento do crime, havia cerca de 10 pessoas dentro do ônibus. Uma das passageiras também foi abordada pelo trio e teve o celular roubado.

Após matarem o cobrador, os criminosos foram em direção ao motorista e ordenaram que ele parasse o ônibus. “Depois que dispararam, ainda apontaram arma para mim e ficaram gritando: ‘Para, para e abre a porta’. Eu abri a porta dianteira, porque eles estavam na parte da frente, não tinham passado a roleta”, relatou em depoimento.

Por Mirelle Pinheiro e Carlos Carone - Metrópoles

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