Em 2023, foram notificados 133 casos suspeitos da febre, contra 22 no ano passado. Apesar disso, o DF não tem um caso confirmado há 20 anos
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Imagem de Erik Karits por Pixabay |
Em 2023, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou um aumento de 665% de casos suspeitos de febre maculosa, quando comparado com o ano passado. A doença, causada por bactérias e transmitida aos seres humanos por picadas de carrapatos, matou 39 pessoas no Brasil este ano.
Até outubro, o DF notificou 133 casos suspeitos. Em todo o ano passado, foram 20 e, em 2021, 10. Apesar das suspeitas, a capital federal não tem uma infecção do tipo confirmada há 20 anos.
Já em 2020, houve oito notificações e, em 2019, 20. Em todos os anos citados, não foi confirmado nenhum caso da febre maculosa.
Procurada, a pasta não comentou o aumento.
O que é a febre maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é transmitida por algumas espécies de carrapatos. A infecção apresenta alta taxa de letalidade, mas tem cura. O tratamento deve ser iniciado precocemente com antibióticos específicos.
Sintomas
Dor de cabeça intensa;
Náuseas e vômitos;
Diarreia e dor abdominal;
Dor muscular constante;
Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
Gangrena nos dedos e orelhas;
Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Casos no Brasil
De acordo com dados do Ministério da Saúde, dos 170 casos de febre maculosa notificados este ano, a maioria está concentrada em estados da Região Sudeste. Minas Gerais é a unidade da Federação com o maior número de infecções — 34. São Paulo aparece em seguida com 32.
Em relação às mortes causadas pela doença, São Paulo lidera com 15 óbitos. O ano em que mais houve mortes no país pela febre maculosa foi o de 2018, quando o ministério registrou 96 falecimentos.
Por Samara Schwingel - Metrópoles
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