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Justiça manda prender capitão da PMDF suspeito de estuprar adolescente

Vítima é filha de diarista que trabalhou 11 anos para o oficial. Após descobrir o crime, a mãe pediu demissão e requereu medidas protetivas


Foto: Francisco Gelielçon / Arquivo: Estrutural On-line

A Justiça expediu mandado de prisão preventiva em nome do capitão reformado da Polícia Militar (PMDF) suspeito de ter estuprado uma adolescente de 16 anos, em 1º de agosto deste ano, no Guará II. A ordem partiu do Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, na última quinta-feira (30/8). Agora, o oficial é considerado foragido, pois não foi mais visto no endereço em que mora.

A vítima é filha da diarista que trabalhou por 11 anos na casa do oficial. Após descobrir a violência sexual, a mãe da garota pediu demissão e requereu medidas protetivas de urgência contra o militar. O nome do autor será preservado, neste momento, para não atrapalhar as investigações. A orientação é aguardar até que ele seja preso ou se apresente às autoridades.

O estupro teria ocorrido após o capitão sugerir que a diarista se mudasse do Gama para o Guará II, ficando mais perto do local de trabalho. O militar ainda teria se oferecido para ser fiador no aluguel do imóvel e orientado a diarista a não contar nada à família dele. Em 1º de agosto último, o PM reformado teria colocado a adolescente dentro de um carro e praticado o estupro no banco traseiro do veículo, em uma rua escura.

Nos dias seguintes, a garota mudou de comportamento, tornando-se agressiva e se recusando a frequentar a escola e os cursos de línguas. A mudança repentina chamou a atenção da mãe, principalmente quando a diarista descobriu que o patrão estava dando presentes para a jovem sem algum motivo aparente. Questionada, a menina contou que havia sido violentada pelo policial aposentado.

Ameaças

Após abusar sexualmente da menina, o militar teria obrigado a garota a ingerir pílulas do dia seguinte e a ameaçado ao afirmar que a mãe dela seria demitida caso tomasse conhecimento do estupro. Um dia depois, o capitão suspeitou que a funcionária teria desconfiado e voltou a ameaçar a menina dizendo que “sumiria com ela” se a mãe dela descobrisse o crime.

Quando a funcionária ouviu todos os relatos da filha, ela pediu demissão e procurou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para registrar a ocorrência de estupro. A garota foi submetida a exames no Instituto Médico Legal (IML), e, em seguida, medidas protetivas de urgência foram requeridas.

Desafiando a ordem judicial, o militar reformado abordou a ex-funcionária, no fim do último mês, quando ela deixava uma casa lotérica. A coluna apurou que o objetivo do PM era convencer a mãe da adolescente a fazer um acordo e retirar a queixa registrada na PCDF. Em troca, o capitão reformado pagarias as prestações relacionadas ao aluguel da ex-funcionária e a ajudaria com as despesas mensais.

Assustada, a mãe da adolescente registrou nova ocorrência policial relatando a quebra da medida protetiva e requereu proteção para ela e sua filha. Ela pediu ainda para ficar em um local em que o ex-patrão não as encontrassem.

Por Carlos Carone, Francisco Dutra e Mirelle Pinheiro - Metrópoles

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