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Saiba quem é o amante de mulher que armou emboscada para matar marido em sítio

Suspeito de fazer parte do grupo que tramou o assassinato, o homem está sendo procurado pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO)



Um crime bárbaro mobilizou o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, na quinta-feira (6/7). Antônio Pedro Martins, amante de Tereza Aguiar Araújo, é dono da chácara em que o marido da mulher foi brutalmente assassinado. Suspeito de fazer parte de um grupo que tramou a morte de Francisco Nonato de Araújo, Antônio está sendo procurado pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).

O comportamento agressivo de Antônio é recorrente, segundo apurou o Metrópoles. O homem é viúvo e já tentou esfaquear o filho da falecida esposa, há 20 anos. “O rapaz conseguiu escapar sem ferimentos graves, mas levou cerca de três pontos”, conta um conhecido da família, que pediu para não ser identificado.

A relação de Antônio com Tereza começou após a morte da então mulher do suspeito, em 2022. “Após 6 meses da morte, ele começou a se relacionar com essa mulher. Sempre ouvimos vários boatos sobre. Ela e os filhos frequentavam a chácara que pertencia a falecida esposa”, contou o amigo da família.

Os filhos de Tereza frequentavam a casa de Antônio há anos, e a aproximação com a mulher pode ter acontecido por causa disso.

Uma das pessoas ouvidas pela reportagem também relatou que meses antes da morte de Francisco, Antônio afirmou várias vezes que iria matá-lo. “Ele tinha contato com vários bandidos e, realmente, parecia que ele estava tramando algo”, afirmou.
Entenda o caso

Tereza Aguiar foi presa, suspeita de armar uma emboscada para matar a facadas o marido. Dois filhos da mandante e da vítima também teriam participado do homicídio.

Além do trio, o dono da chácara, que fica no Setor Imaracá, e um casal de caseiros são apontados como coparticipantes do homicídio

Segundo a investigação, a suspeita é que Francisco tenha morrido em 23 de junho, dia em que foi dado como desaparecido.

Os investigadores tomaram conhecimento da situação na última quarta (5/7), quando uma testemunha informou que recebeu proposta de R$ 150 para enterrar um corpo. O denunciante apontou os caseiros como autores da proposta.

    “Fomos até a chácara, mas não tínhamos informações. Lá estava esse casal e o dono da chácara. Tentamos levantar algumas informações sobre o desaparecimento, mas eles negaram. Falaram que não sabiam de nada”, explica o delegado Vinícius Máximo.

“De mãos atadas, tivemos que sair de lá. Porém, a gente lembrou que esse casal era investigado por um homicídio cometido em maio e teríamos representado pela prisão deles.”

No entanto, antes de retornar à delegacia, a equipe de investigadores ouviu moradores da região – e muitos afirmaram que Francisco estava desaparecido. Os policiais foram até o endereço da vítima e encontraram a esposa dele e um filho. Aos investigadores o rapaz disse que o pai tinha viajado de moto ao Maranhão para buscar farinha – algo que costumava fazer.

Na delegacia, os agentes levantaram a ficha dos caseiros e verificaram que o mandado de prisão contra eles havia sido expedido. Os investigadores, então, retornaram à chácara e os prenderam. “Começamos a questionar sobre esse homicídio até que a mulher falou onde estaria o corpo”, informa Máximo.

“Estava com várias facadas pelo corpo, um golpe de machado na cabeça, pés e mãos amarrados, e enrolado em uma lona. Enterrado a mais ou menos a um metro de profundidade, com muita palha em cima, por isso não dava para sentir o cheiro”, completa o delegado.


Motivação do crime

Ainda segundo a investigação do GIH de Águas Lindas, o filho mais velho de Tereza e Francisco frequentava a chácara havia vários anos, e considerava o dono do local como um pai. Revoltado com supostas agressões de Francisco contra a mãe, participou do planejamento do crime.

O grupo atraiu Francisco para o local com uma falsa promessa de um serviço. Ofereceram bebida alcoólica e o executaram com diversos golpes de faca.

“O casal fala que não participou, que só escutou o barulho da morte, mas que, depois, teria sido obrigado a enterrar [o corpo] no fundo da casa, senão seriam expulsos da chácara. Tereza, apesar de ter planejado tudo, não participou da execução”, afirma Máximo.

O filho ouvido pelos policiais no início da investigação não participou do crime. Segundo os policiais apuraram, Tereza e os outros dois filhos inventaram a história da viagem ao Maranhão para despistá-lo.

A polícia ainda procura Antônio e o filho mais novo de Francisco.

Por Yasmim Valois - Metrópoles

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