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Ex-atleta e ativista: a professora que parou autor de atentado com mata-leão; vídeo

Professora de educação física, Cinthia da Silva Barbosa desarmou adolescente de 13 anos que atacou colegas e matou uma educadora em SP


Reprodução / Redes sociais

Ex-jogadora de basquete e professora de educação física, Cinthia da Silva Barbosa, 37 anos, utiliza o esporte como um instrumento para transformar vidas. E foi por meio dele que ela conseguiu imobilizar o aluno de 13 anos que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas durante um atentado contra a escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, na manhã dessa segunda-feira (27/3).

O estudante entrou na Escola Estadual Thomázia Montoro portando uma faca e com o rosto coberto por uma máscara de caveira semelhante à utilizada pelos assassinos no Massacre de Suzano, ocorrido em 2019 na cidade da Grande São Paulo. Dentro de uma das salas de aula, ele esfaqueou pelas costas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que morreu horas depois no hospital.

Câmeras de segurança da escola registraram o momento em que Cinthia entra na sala de aula e consegue imobilizar o estudante. Ela forçou o braço dele para baixo e agarrou o seu pescoço, dando um golpe conhecido como mata-leão, técnica de estrangulamento utilizada em modalidades como judô e jiu-jitsu. Na sequência, outra professora conseguiu retirar a faca das mãos do garoto e também removeu a máscara dele.

“Eu não pensei. Eu simplesmente agi, tentei imobilizar o adolescente, sem causar maiores ferimentos, mais do que estava acontecendo com a professora ali. Creio que foi o espírito de proteção, de ver a colega de trabalho ali”, disse Cinthia em entrevista à Band.
A ação de Cinthia foi chamada de “ato heroico” pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que esteve no local após o atentado. “Não fosse a atuação dessa professora, essa ação teria sido muito pior”, disse ele, em frente à escola, na manhã dessa segunda.

Veja o vídeo:

Superação pelo esporte

Professora da rede estadual de ensino desde 2018, Cinthia completou dois anos de trabalho na escola Thomázia Montoro em março deste ano. De acordo com dados do Portal da Transparência do estado, o salário líquido dela é de R$ 3.971,37.

Com a formação voltada para a prática de esportes como basquete, Cinthia foi atleta da equipe feminina do prestigiado time BCN, de Osasco, no início dos anos 2000, por onde também já passou a campeã mundial e medalhista olímpica Magic Paula.

No currículo ela também acumula a função de personal trainer de uma rede de academias de São Paulo. Atualmente, é integrante do Instituto Superação, ONG voltada para promover os valores do esporte por meio do ensino.

A organização tem um acordo de cooperação com as secretarias estaduais de Educação de São Paulo e Minas Gerais para atuar em parceria com escolas públicas, sendo uma delas a Thomázia Montoro. Concursada, Cinthia atua com dedicação exclusiva no colégio estadual.

Por Juliana Arreguy - Metrópoles

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