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Deputado do DF elogia suspensão de filme de Danilo Gentili

Distrital Rodrigo Delmasso usou a tribuna do Plenário da CLDF para cumprimentar ministro da Justiça por proibição do conteúdo, de 2017, em meios on-line



O deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) elogiou, na tarde desta terça-feira (15/3), a decisão que suspendeu a exibição do filme Como se tornar o pior aluno da escola, de Danilo Gentili, nas plataformas digitais que têm o direito de reprodução do longa de 2017. O parlamentar chamou o conteúdo de "criminoso" e defendeu a penalização dos responsáveis pelo filme durante sessão ordinária no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Segundo distrital, Danilo Gentili, um "ator renomado", incentiva que os alunos do filme "pratiquem atos libidinosos para satisfazer o prazer de professores." Delmasso foi categórico ao afirmar que o conteúdo "ultrapassou o limite do bom senso." O parlamentar informou que entrou com um pedido de notícia-crime nessa segunda-feira (14/3) na Polícia Federal, para "investigar Fábio Porchat (que também atua no filme) e Danilo Gentili."

Quanto à autorização de lançamento do longa, Delmasso julgou a classificação indicativa de 14 anos como um "erro". O distrital não poupou críticas ao afirmar que a criação do filme é interesse "do mercado da pedofilia e do abuso sexual de crianças e adolescentes." "Não é arte, é crime, e deve ser punido ao rigor da lei", completou.

A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania/DF) também se manifestou, pelas redes sociais, a respeito da decisão. "Essa é uma vitória para o combate ao abuso infantil!", escreveu a parlamentar, na manhã desta terça-feira (15/3).

Defesa

Em entrevista à TV Jovem Pan, na manhã desta terça-feira (15/03), Danilo Gentili se defendeu das acusações de apologia à pedofilia. Ele afirmou que o objetivo da cena polêmica, protagonizada por Fabio Porchat, foi o oposto do que foi interpretado.

"A cena em questão é exatamente sobre uma pessoa que se apresenta como o melhor aluno da escola, que seria uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos, que não obedecem o cara só porque ele é uma autoridade. Então, na verdade, em momento algum o filme faz apologia à pedofilia. O filme vilaniza a pedofilia", destacou.

Entenda

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, em caráter cautelar, a suspensão imediata nesta terça-feira (15/3). Caso as empresas não cumpram o parecer da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em cinco dias, podem pagar multa diária de R$ 50 mil. A suspensão foi aplicada "tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista". Para embasar a decisão, a pasta citou o Código de Defesa do Consumidor e a Constituição Federal.

No último fim de semana, o ministro da Justiça, Anderson Torres, criticou o filme por conter “detalhes asquerosos”. O longa está disponível na Netflix, no Telecine e no Globoplay.

Por Ana Isabel Mansur - Correio Braziliense

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