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Polícia procura homem por suspeita de matar ex-cunhada

Ela tentava cobrar dívida de R$ 3.500 do ex-companheiro e teria sido morta com sete tiros à queima-roupa, segundo testemunhas



A Polícia Civil procura um homem suspeito de matar a ex-cunhada com sete tiros em Samambaia no último domingo (28). O crime aconteceu depois que a mulher foi à casa do suposto agressor à procura do ex-namorado para cobrar uma dívida. Ívina Francisca Neponuceno Aguiar, 24 anos, queria R$ 3.500 para concluir o ensino médio em um curso a distância e aproveitar uma bolsa que conseguiu em uma faculdade. Maranhense, a jovem veio para o Distrito Federal em 2016 para tentar mudar de vida e trabalhava em dois empregos para se sustentar.

O ex-companheiro de Ívina teria ajudado o irmão a fugir. O casal havia rompido há cerca de 15 dias. Depois da separação, o ex foi para a casa do irmão com o carro que, segundo a família, a jovem teria ajudado a pagar. A Polícia Civil segue à procura dos dois. O R7 conversou com uma pessoa próxima à vítima, que pediu para não ser identificada. Ela contou que os parentes da jovem estão com medo. Eles deixaram a casa onde viviam e pretendem se mudar em breve.

Ívina e o ex-companheiro, que estava desempregado, moravam com a tia da jovem. Ela trabalhava em uma lanchonete em dias alternados e, na folga, começou em um emprego como garçonete em um restaurante de Águas Claras. Apesar da discussão, a separação do casal teria sido tranquila. Ele pegou os pertences e foi embora com o carro. Depois disso, não se viram e nem se falaram por alguns dias.

Na última quinta-feira (27), a jovem decidiu, no entanto, cobrar o dinheiro que emprestou para pagar o veículo. Saiu mais cedo de casa e foi à residência dos irmãos. Não conseguiu falar com o ex-companheiro, mas encontrou o ex-cunhado. Eles discutiram, ele a empurrou e ela revidou com um soco, segundo familiares de Ívina. Na sequência, o homem a ameaçou de morte, de acordo com o relato de Ívina a pessoas próximas quando voltou para casa.

Ela se comprometeu a não retornar à casa dos irmãos. No trabalho, entretanto, pagou um colega para substitui-la e saiu mais cedo, dizendo que estava com dor de cabeça. E, por volta de 23h30, decidiu tentar falar com o ex-companheiro mais uma vez. Ela deixou o celular com uma prima que ouvia música com amigos no aparelho, disse que sairia rapidamente e que não demoraria para retornar.

Mais uma vez, Ívina foi recebida pelo ex-cunhado e não pelo ex-companheiro, de acordo com a suspeita. Ela estava do lado de fora da casa, acompanhada de uma amiga, por volta de 1h30 de domingo (28), quando os dois se desentenderam novamente. O suspeito teria puxado um cigarro eletrônico da mão da vítima e ela reagiu com um tapa. O homem, então, teria sacado a arma e disparado sete vezes contra a jovem.

O ex-companheiro de Ívina só saiu de casa após os disparos. Ao ver a jovem ferida no chão, ele fugiu a pé ao lado do irmão, de acordo com o relato de testemunhas. Ela chegou a ser socorrida e levada para uma (UPA) Unidade de Pronto-Atendimento em Samambaia e transferida para o Hospital Regional de Taguatinga, onde passou por cirurgia. A jovem, no entanto, sofreu diversas paradas cardíacas e não resistiu.

Como Ívina estava sem celular, uma vizinha dos irmãos que chegou ao local pouco depois da fuga, e que a conhecia, ligou para o número da vítima até que a prima dela atendesse. Foi assim que os parentes souberam do assassinato. O caso está a cargo da 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul).

Por Ricardo Faria, da Record TV, e Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

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