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Governador de Pernambuco ordena uma limpeza geral na PM

Pacto de silêncio entre coronéis dificulta a descoberta de quem deu a ordem para que se usasse violência contra manifestantes


Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, corre em busca do tempo perdido depois que o Batalhão de Choque da Polícia Militar desobedeceu sua ordem de não reprimir com violência a manifestação antibolsonarista do último sábado, no Recife.

Câmara levou quatro dias para demitir o comandante da Polícia Militar e somente ontem demitiu Antonio Pádua, Secretário da Defesa Social. Ao novo comandante da Polícia Militar, homem de sua confiança, mandou que trocasse os chefes de batalhões.

Pádua caiu porque não conseguiu responder à pergunta de Câmara: quem mandou o Batalhão de Choque disparar balas de borracha que deixaram dois homens parcialmente cegos, chefes de família que sequer participavam das manifestações?

Na companhia de uma dezena de coronéis, Pádua acompanhou as manifestações quase até o fim delas. A certa altura, saiu da sala onde fazia o monitoramento do meio de câmeras e foi dar uma entrevista. Foi nesse momento que a violência irrompeu.

O ex-comandante não quis revelar de quem partiu a ordem. Soldados jogaram bombas de gás lacrimogêneo contra um grupo reduzido de pessoas em cima da ponte Duarte Coelho. Um soldado atirou na direção de quem estava nas janelas de um sobrado.

Ouvidos em inquérito, os coronéis que viram as cenas por meio das câmeras nada esclareceram. Parece haver um pacto de silêncio entre eles. Aos olhos do governador, foram todos cúmplices do que aconteceu. Daí a limpeza que pretende fazer na polícia.

Manifestação bolsonarista no Recife jamais foi reprimida.

Por Ricardo Noblat - Metrópoles

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