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Corregedoria da PCDF pede que distrital, Júlia Lucy, preste esclarecimento sobre suposto esquema dentro da instituição

A deputada teria dita, em sessão da CLDF, que a Polícia Civil do DF estaria cobrando propina de servidores públicos; corporação diz que declarações têm o claro objetivo de desqualificar o trabalho dos policiais


Na sessão da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta terça-feira (4/5), a deputada distrital Júlia Lucy (Novo), disse que supostamente haveria um esquema de cobrança de propina dentro da Polícia Civil do DF (PCDF). A fala de deputada veio depois que o chefe de gabinete da Administração Regional do Gama, Cleider Paiva, aparece em vídeo sendo agredido por duas pessoas ainda não identificadas.

De acordo com Lucy, Paiva teria sido agredido por ter cobrado propina em troca de serviços públicos. Ainda segundo a distrital, essa seria uma prática corriqueira nos órgãos do Executivo local, inclusive dentro da PCDF.

“A pessoa pode ser até inocentada na Justiça, podem até passar o pano para ele na polícia, se ele tiver esquema e se tiver contato político, mas desce o cacete nele igual fizeram lá com o chefe de gabinete do Gama”, disse a parlamentar.

Depois da fala da distrital, o chefe de gabinete do Gama entrou com uma representação na Mesa Diretora da CLDF pedindo a cassação do mandato de Júlia Lucy por quebra de decoro. “Como se vê, a deputada ofendeu a honra do peticionante, acusando sem provas de que as agressões por mim sofridas envolvem cobrança de propina (corrupção passiva). A acusação não tem qualquer fundamento e apenas demonstra seu total desconhecimento da realidade de violência e extremismo que hoje assola o país”, diz a representação.

Quem também se manifestou contra a acusação feita pela deputada foi a PCDF, que, nesta quarta-feira (5/6), oficializou Júlia Lucy a esclarecer o suposto esquema de cobrança de propina dentro da instituição. Em documento encaminhado à Casa, a corporação, por meio do Sindicato dos Delegados do Distrito Federal (Sindepo-DF), pede também uma devida investigação sobre as acusações.

Em nota, a Corregedoria da PCDF disse que vai oficiar a deputada para que ela informe sobre eventuais casos de irregularidades para que sejam devidamente apurados.

“Até porque, como autoridade pública, é seu dever fazê-lo. A Polícia Civil do DF, por fim, reitera o seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência, valores esses que pautam nossas atividades e consolidam a nossa credibilidade como organização policial de referência”, diz a nota.

O Sindepo-DF também se manifestou e ressaltou que “caso a deputada tenha ciência de algum desvio de conduta por parte de qualquer policial da corporação, seu dever é trazer a público os fatos para uma investigação rigorosa e isenta”.

A redação do site Estrutural On-line tentou contato com a deputada mas até o fechamento dessa matéria não obteve exito.

Por Francisco Gelielçon
#EstruturalOnLine

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