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Carcaças e gordura vão deixar de ser jogadas no lixão da Estrutural.

Medida foi firmada entre catadores e SLU.

Montanha de entulho no lixão da Estrutural, no DF (Foto: Wellington Hanna/G1)
Antes levado à Estrutural, material orgânico vai ser recebido apenas no aterro de Samambaia, inaugurado em janeiro.

Catadores do lixão da Estrutural, no Distrito Federal, firmaram acordo com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para deixar de levar animais mortos e rejeitos de gordura e de lodo para o local. Esse tipo de material deverá ser encaminhado diretamente para o Aterro Sanitário de Samambaia, inaugurado em janeiro. Com isso, a previsão é de diminuir em 1,5% a quantidade de produtos depositados no lixão.

Segundo a diretora do SLU, Kátia Campos, a iniciativa faz parte do período de transição até o fechamento definitivo do lixão, previsto para 2018. “Esses rejeitos não podem ser aproveitados de nenhuma maneira e são prejudiciais para a saúde daquelas pessoas”, afirmou Kátia.

Ela disse que a proposta é uma das que vêm sendo tomadas para melhorar as condições de trabalho no local. “Essa é a primeira medida adotada após a inauguração do novo aterro. Ainda neste ano, também serão instalados banheiros químicos para os trabalhadores”, declarou. A licitação para a compra de dois contêineres, com seis boxes cada um, está em andamento.

As empresas contratadas pelo SLU e pela Caesb continuam responsáveis pelo transporte dos rejeitos. Todo mês, são produzidas ao menos 5 toneladas de rejeitos provenientes de caixas de gordura condominial no DF e 350 toneladas do sistema de tratamento de esgoto da Caesb. Mensalmente também, 10 toneladas de animais mortos são recolhidas em vias públicas a cada mês.

Aterro

Trator no lixão da Estrutural, no DF (Foto: Wellington Hanna/G1)
O novo Aterro Sanitário começou a ser construído em 2011 e custou mais de R$ 110 milhões. Ele terá 760 mil metros quadrados — incluindo 320 mil destinados a receber rejeitos (materiais não reutilizáveis) — e será construído em quatro etapas. A primeira tem 110 mil metros quadrados, divididos em quatro células de aterramento. A conclusão de apenas uma célula é suficiente para ativar o aterro.

De acordo com o governo, o aterro deve funcionar por 13 anos, a partir do início das atividades, e receber uma média diária de 2,7 mil toneladas de rejeitos. O novo destino para o lixo do DF fica na DF-180, próximo a Samambaia.

Um aterro e um lixão funcionam de modo diferente. No aterro, os resíduos sólidos urbanos que não podem ser reciclados são "enterrados", de modo a evitar danos à saúde pública e à segurança.

Catadora Suzy Souza no lixão da Estrutural, no DF (Foto: Wellington Hanna/G1)
Segundo o governo, isso minimiza os impactos ambientais no solo, no ar e na água. Ao contrário dos lixões, os aterros são certificados por licenças ambientais de instalação e de funcionamento.
Para que o lixo enterrado não invada os lençóis freáticos e contamine a água, as plantações e o solo, a construção do aterro envolve uma série de técnicas de engenharia. É preciso impermeabilizar o solo com uma manta protetora, cercar a área e afastar os catadores do local.

Além disso, sistemas têm de ser construídos para captar e queimar os gases tóxicos, drenar e tratar o chorume (líquido que escorre das pilhas de lixo) e drenar a água das chuvas que caem na região. Essas técnicas, segundo o projeto, ajudam a "confinar rejeitos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível".

Por: G1

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