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Protesto fecha acesso ao lixão do DF e forma fila de 43 caminhões

Grupo diz não ter recebido benefício mensal, repassado pelo governo.

(Foto: TV Globo/Reprodução)
Um grupo de catadores fechou na manhã desta segunda-feira (27) o acesso de caminhões ao Lixão da Estrutural em protesto contra o não recebimento de um benefício do GDF. Com isso, 43 caminhões formaram uma fila de 1,5 quilômetro na porta do local por volta de 13h.

De acordo com os catadores, o benefício é de R$ 300 e não contemplou todos os trabalhadores. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda informou que está fazendo o processo de seleção para beneficiar mil famílias para receber bolsas de R$ 300. O valor será pago mediante a participação dos selecionados em 12 horas de capacitação mensais e tem prazo de 12 meses, podendo ser renovado.

O caminhoneiro Ivanildo Mendes disse que transporta cerca de 80 toneladas de lixo por dia e que a orientação da empresa é que ele espere o fim do protesto no local. Sem a entrega do material, ele pode deixar de receber R$ 720.


(Foto: Isabella Formiga/G1)
Já o presidente da Coopercoleta Ambiental, João Lima, a categoria aguarda um retorno da pasta. "Esperamos o governo para pelo menos negociar, dar uma posição", disse.

O catador Adairton Teixeira disse que até o ano passado os trabalhadores recebiam anualmente R$ 400 do GDF. "Esse ano o governo decidiu dar R$ 300 por mês para uns e para outros, não. Só 300 receberam, somos 4 mil. Não vamos sair daqui até o governo aparecer."

Triagem
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou em junho do ano passado que destinaria R$ 21,3 milhões para a instalação de 12 centrais de triagem e a capacitação de 2.160 catadores do DF. O objetivo da ação era elevar a renda média mensal dos trabalhadores de R$ 400 para R$ 720 em três anos.

De acordo com o BNDES, 98% das 2,4 mil toneladas coletadas diariamente no Distrito Federal são aterrados no Lixão da Estrutural e os 2% restantes são encaminhados para a reciclagem pelos catadores. No entanto, a maioria das 33 cooperativas do DF não tem estrutura física para realizar a triagem dos resíduos coletados.

A capacitação dos catadores envolvia a realização de triagem, classificação, prensagem, comercialização e gestão de empreendimentos coletivos.

Isabella Formiga 
Do G1 DF

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